Entrevista para o suplemento Focus Reports, da revista mundialmente conhecida Pharmaceutical Executive.

No passado dia 9 de janeiro, a Sociedade Farmacêutica Gestafarma aceitou, amavelmente, o convite da Focus Reports, no sentido de dar à sua opinião e responder a algumas questões sobre o estado atual da indústria farmacêutica em Portugal.

Esta reportagem da Focus Reports consiste num suplemento da conhecida revista “Pharmaceutical Executive”, a qual é consultada por uma enorme percentagem de CEO’s de empresas da indústria farmacêutica internacional e outras empresas da mesma área, constituindo estes leitores os principais decisores das novas tendências do mercado.

A entrevista completa foi publicada no website da Focus Reports dedicado à indústria farmacêutica, www.pharmaboardroom.com (link no fim da notícia), na área reservada à reportagem sobre Portugal, cujo título da mesma é: “Special Report on the Portuguese Pharmaceutical & Healthcare sector”.

Em traços gerais, a Gestafarma foi questionada sobre o estado atual da indústria farmacêutica, no seguimento das adaptações que foram, obrigatoriamente, levadas a cabo no seguimento das políticas de redução de preços, e da crise económica generalizada na zona europeia.

“Recorrentemente, quando as circunstâncias determinam a retração económica de um país, é geralmente o setor da saúde e, maioritariamente, a cadeia de valor do medicamento aqueles que mais refletem as reduções orçamentais.

Na atual situação de crise, conhecida como a mais severa das últimas décadas, o corte na despesa reforçou a sua ação sobre a área do medicamento, por vezes de uma forma dramática. Este tipo de políticas deixou a indústria à beira do abismo, indústria esta que foi durante largos anos a indústria mais rentável em Portugal.

As reduções de preços associadas às políticas da saúde em geral, juntamente com os largos investimentos feitos pelas empresas durante a última década, em todas as áreas do mercado (fornecedores, indústria, armazenistas e retalhistas), conduziu a um ciclo vicioso. A reduzida liquidez financeira provocou atrasos de pagamento cumulativos que se estendem transversalmente à cadeia.

Além disto, o decréscimo dos lucros marginais das empresas levou a que a rentabilidade da sua atividade no mercado nacional seja muito reduzida.”

Posteriormente, foi-nos colocada a questão de que estratégia os CEO’s teriam adotado neste setor, de forma a adaptarem-se a estas condições desfavoráveis. Respondemos utilizando o caso específico da Gestafarma:

“A nossa imagem geral sempre foi a de uma empresa que fornece produtos farmacêuticos daqueles que os portugueses gostam de ter em casa, extremamente úteis e com preços acessíveis. Contudo, sentimos que a nossa imagem poderia estar ultrapassada, e que poderíamos não estar a em linha com as atuais tendências da indústria, faltando alguma capacidade de suprimir algumas das necessidades do mercado.

Assim sendo, nos últimos dois anos renovámos o nosso look, reformulámos a política comercial e, consequentemente, a nossa estrutura interna. Sem nos distanciar da forma como gostávamos de ser vistos pelos clientes, tentámos refrescar a nossa imagem, bem como juntar-nos ao mundo digital.

Para além disto, e contrariando a tendência regressiva da indústria, investimos internamente na reformulação da nossa equipa de vendas. Antes disso, esforçámo-nos por aumentar o nosso portfolio com produtos promissores que pudessem caber no perfil da Gestafarma – OTC’s e dispositivos médicos foram o nosso alvo principal.”

A entrevista integral inclui ainda as nossas respostas relativamente ao tema dos mercados de exportação e da estratégia dos OTC’s. Para consultar a entrevista integral aceda ao link:  http://www.pharmaboardroom.com/article/interview-anibal-miranda-diogo-miranda-general-manager-technical-director-gestafarma-portugal.